sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Margarida Maria Alves: sua luta era em favor dos trabalhadores e isso levou por várias vezes a ser ameaçada a sua integridade física. Morreu em 12 de agosto de 1983, por defender os ideais e direitos dos trabalhadores rurais."



Ninguém tá pra cipoada, Direito
Nem pra queimar nas caldeira
Aliás, se o fomento se esgueira
É que a Usina não cuida do leito

De quem toma cipoada e arde
Se mata e morre e é morto
Vale toda lida e esforço
Do grupamento, baluarte

Margarida cuida dessa parte.

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Os Sísifos do sertão são atilado
Se reclamam do pedregulho, absurdo
É porque centelha revolta!
Disparate é do patrão, e inconcluso
Que fada a labuta ao mito
Faz joça com bem-estar
Mistura lucro e lucrar
Miséria só além-porta.

Não! Abastar outras mãos
Calejar suas próprias,
De dia subindo
De noite descendo
De dia subindo
De noite descendo,
Mudo, acuado ficar?

O penedo de luta sobe e desce
Faz rachas, cheira à cana, Direito
Confere os calos, tem história
O perigo é o morro onde te assenta
Perigo é não funcionar
Perigo é fechar-se em redoma
Servir quem manda. O que é você?
E a pedra rola.

Luiz V.

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