Ninguém tá pra cipoada, Direito
Nem pra queimar nas caldeira
Aliás, se o fomento se esgueira
É que a Usina não cuida do leito
De quem toma cipoada e arde
Se mata e morre e é morto
Vale toda lida e esforço
Do grupamento, baluarte
Margarida cuida dessa parte.
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Os Sísifos do sertão são atilado
Se reclamam do pedregulho, absurdo
É porque centelha revolta!
Disparate é do patrão, e inconcluso
Que fada a labuta ao mito
Faz joça com bem-estar
Mistura lucro e lucrar
Miséria só além-porta.
Não! Abastar outras mãos
Calejar suas próprias,
De dia subindo
De noite descendo
De dia subindo
De noite descendo,
Mudo, acuado ficar?
O penedo de luta sobe e desce
Faz rachas, cheira à cana, Direito
Confere os calos, tem história
O perigo é o morro onde te assenta
Perigo é não funcionar
Perigo é fechar-se em redoma
Servir quem manda. O que é você?
E a pedra rola.
Luiz V.
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